Bruxelas aponta estratégia para uma Europa neutra em emissões até 2050
A Comissão Europeia apelou aos Estado-Membros para que tenham uma acção concertada e determinada, de modo a que, até 2050, seja possível ter uma economia próspera, moderna, competitiva, mas, acima de tudo, neutra em termos de emissões de carbono.
Este novo paradigma tem como propósito definir um rumo e um plano, envolvendo as diversas partes, como investigadores, cidadãos, empresários, entre outros, de modo a inspirar a sociedade em geral, tendo como princípio o objectivo do Acordo de Paris de manter o aumento de temperatura bem abaixo dos 2º C, e continuar o trabalho árduo para que seja atingida a neutralidade carbónica em 2050. Segundo a estratégia divulgada por aquele organismo europeu, a Europa dispõe de todas as capacidades para investir nas melhores soluções e para dotar os cidadãos europeus de ferramentas para uma transição justa e inequívoca para uma economia de emissões zero.
Para atingir a neutralidade no que se refere às emissões, e consequentemente uma economia neutra, é obrigatório um plano que envolva sete áreas determinantes: eficiência energética; implantação de fontes de energia renováveis; mobilidade ecológica, segura e conectada; indústria competitiva e economia circular; infra-estruturas e interconexões; bioeconomia e sumidouros naturais de carbono; captura e armazenamento de carbono a fim de eliminar as emissões remanescentes. De qualquer modo, o sucesso da estratégia dependerá sempre de uma acção concertada e o objectiva, consideram os responsáveis europeus.
“A UE já iniciou a modernização e a transformação para uma economia com impacto neutro no clima. Hoje, estamos a intensificar os nossos esforços no sentido de propor uma estratégia para que a Europa se torne a primeira grande economia mundial com um impacto climático neutro até 2050. Conseguir o impacto neutro no clima é necessário, possível e do interesse da Europa” remata Miguel Arias Cañete, Comissário responsável pela Ação Climática e Energia.
“Não podemos viver com segurança num planeta com o clima fora de controlo. Mas isso não significa que, para reduzir as emissões, devamos sacrificar as condições de vida dos europeus. Nos últimos anos, demonstrámos como reduzir as emissões, criando simultaneamente prosperidade, empregos locais de qualidade e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, refere Maros Šefčovič, responsável pela União da Energia.
Para Šefčovič, “a Europa continuará inevitavelmente a evoluir. A nossa estratégia mostra agora que é realista alcançar, até 2050, uma Europa que seja simultaneamente neutra em termos climáticos e próspera, sem deixar nenhum cidadão nem nenhuma região para trás”.