Mensagens de WhatsApp, grupos de apoio nas redes sociais, consultas por videoconferência. A actual crise de saúde pública está a mudar e receber ajuda médica profissional à distância é uma opção, mas a telemedicina é solução antiga, com várias décadas.
No meio da pandemia da covid-19, o sistema de saúde está a mudar rapidamente. Psicólogos, psiquiatras e nutricionistas estão a continuar as consultas na Internet. Nas redes sociais, vários profissionais de saúde oferecem-se para tirar dúvidas sobre a covid-19 para diminuir o peso na linha SNS24. Há um novo sistema online de triagem no site do Serviço Nacional de Saúde específico para a doença, e grupos de médicos voluntários estão a prestar apoio gratuito à população (seja por email, telefone ou videochamada) em várias áreas da saúde. Em comum, têm a mensagem: se pode, fique em casa — a medicina à distância, ou telemedicina, é uma opção.
“É a primeira vez que estou a realizar consultas remotas, mas a linha de raciocínio clínica é a mesma”, diz ao PÚBLICO Susana Pinto Almeida, uma das mais de 200 psiquiatras que se voluntariaram nos últimos dias para uma linha de apoio do Centro de Medicina Digital P5 da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
O projecto foi lançado a 15 de Março para oferecer consultas de psiquiatria gratuitas, por videochamada, aos profissionais de saúde portugueses. A 16 de Março, ao final do dia, já tinham sido feitos 20 pedidos de consultas, havia dez mais agendadas e três já tinham sido realizadas.