A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) vão unir-se, tendo dado, esta quinta-feira (dia 20), “um primeiro passo no sentido de evoluírem para um modelo de organização associativo assente numa estrutura unitária e ajustada às necessidades do setor, das empresas e do associativismo em Portugal”.
“O Memorando de Entendimento assinado define os princípios para constituir uma coligação interassociativa que permita a criação de uma direção unitária e comum. Esta evolução traduzir-se-á, mais tarde, numa futura integração interassociativa mediante concentração das suas estruturas, em modelo jurídico que será definido no âmbito da coligação”, referem as entidades em comunicado.
Segundo a Lusa, a nova representante única das construtoras vai nascer em 2019 e irá chamar-se AICCOPN. A nova estrutura terá, no entanto, “estruturas fortes” em Lisboa e em Faro, dispondo depois de diversas delegações ou representações nos vários distritos do país.
Para Reis Campos e Ricardo Pedrosa Gomes, presidentes da AICCOPN e da AECOPS, respetivamente, as duas associações têm “a mesma natureza e atividade” e partilham dos mesmos objetivos associativos. “Têm ambas por missão defender e promover os interesses dos seus associados, pessoas singulares e coletivas que se dedicam à atividade económica da construção civil e obras públicas ou que prestam serviços relacionados com a atividade de construção”, lê-se no documento.
Estes são os quatro princípios fundamentais que orientarão a atuação futura desta estrutura:
- Contribuir para a valorização e dignificação de um tecido empresarial que ambos representam e que é essencial para o desenvolvimento da economia a para a afirmação nacional e externa do país.
- Valorizar as empresas associadas, pois é manifesto que, na atualidade, o tecido empresarial está diferente – reajustou-se, diversificou-se, redimensionou-se e internacionalizou-se. Os desafios que enfrentam (…) colocam novas exigências do mercado que precisam de respostas adequadas por parte do setor e de quem o representa.
- Contribuir para a regulação do mercado, uma vez que a redução da intervenção e do papel do Estado na economia aumentou a responsabilidade das associações, por um lado, na atividade administrativa de regulação da atividade económica e, por outro, à semelhança do que sucede na maioria dos países comunitários, na promoção de regras tendentes à autorregulação.
- Ser agente dinamizador de estratégias de atuação global do setor em que as empresas se revejam e inspirem e que o mercado e o poder politico reconheçam e valorizem.