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O melhor ano de sempre para as bombas de calor

No último ano, o mercado europeu das bombas de calor manteve a tendência de subida e, pela primeira vez, foram vendidas mais de um milhão de unidades.

 

O ano de 2017 foi o melhor ano de sempre para as bombas de calor. Esta é a principal conclusão que se pode tirar dos dados divulgados pela EHPA (European Heat Pump Association), a Associação Europeia de Bombas de Calor. Segundo os dados divulgados pela entidade, o último ano manteve a tendência de crescimento, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos três anos anteriores.

 

Em 2017, foram vendidas 1,11 milhões de unidades de bombas de calor, um acréscimo de 10 % relativamente a 2016, ultrapassando, pela primeira vez, o marco de um milhão de equipamentos vendidos num único ano. Em termos acumulados, no final desse ano, o mercado europeu das bombas de calor contemplava um total de 10,6 milhões de unidades instaladas.

 

Segundo a associação, a curva, em 2018, deverá continuar a ser de crescimento. De acordo com indicadores de alguns mercados europeus, até ao final da primeira metade deste ano, deverá ser ultrapassada a marca de 11 milhões de unidades instaladas. Se esta tendência se mantiver, será possível, em 2024, duplicar o mercado europeu das bombas de calor, o que se revelará uma oportunidade a indústria.

 

Um mundo mais verde

 

Um dos principais objectivos da EHPA passa por promover a implementação adequada e de forma consciente da tecnologia das bombas de calor nos mercados residencial, comercial e industrial europeu. Esta associação, que junta 123 membros de 22 países, está situada em Bruxelas e representa a grande maioria da indústria das bombas de calor, sendo que congrega vários ramos, como fabricantes, institutos de investigação, universidades, laboratórios e agências de energia.

 

No passado mês de Outubro, a EHPA organizou um webinar (seminário on-line) com diversos stakeholders, com vista a divulgar os resultados e conclusões do relatório com todas as estatísticas de 2017 relativamente às bombas de calor. A conferência contou com a apresentação de Thomas Nowak, secretário-geral da EHPA, que explicou todas as potencialidades e especificidades da bomba de calor num futuro sustentável e mais verde, colocando este tipo de solução na liderança das necessárias mudanças para um combate eficaz às alterações climáticas, uma vez que, de acordo com a Directiva Europeia para as Renováveis (2009/28/CE), é considerada como uma tecnologia de energia renovável. Uma bomba de calor ar-água é, em traços gerais, um equipamento que tem por finalidade transferir calor do ar e transportá-lo para a água que se encontra no seu interior, de modo a aquecê-la ou arrefecê-la de forma eficiente, utilizando a mesma tecnologia do ar condicionado. Para além do ar e para serem consideradas renováveis, as bombas de calor podem ainda utilizar calor geotérmico ou hidrotérmico, desde que em conformidade com os regulamentos em vigor.

 

Os dados de mercado mais recentes mostram que as vendas de bombas de calor, como já referido, têm vindo a aumentar e, entre 2012 e 2017, esse crescimento tem sido substancial. França é o país onde mais bombas de calor foram vendidas. Segundo os números fornecidos pela EHPA, os gauleses compraram, em 2017, 209 mil unidades de bombas de calor; seguindo-se a Itália, que disponibilizou, para as do segmento residencial, 124 mil unidades deste tipo de equipamento. Só estes dois mercados representam cerca de 37 % do volume total de vendas na Europa. Portugal situa-se na segunda metade da tabela de vendas, que analisou 21 países, ao ocupar o 15º posto, com 11 mil unidades vendidas.

 

A globalidade dos países contempla, agora, um total de 10,6 milhões de unidades de bombas de calor. Esta capacidade permitiu gerar um total de 181,1 TWh (Terawatt-hora) de energia, sendo que 116 TWh tiveram proveniência de fontes de energia renovável. A globalidade dos equipamentos de bombas de calor permitiu evitar a emissão de 29,7 Mt (Milhões de toneladas) de dióxido de carbono para a atmosfera, o que se traduz numa poupança energética de 148 TWh.

Fonte: Edifícios e Energia

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